O painel “Direto & Reto com as autoridades do mercado” trouxe líderes de entidades do mercado de seguros, parlamentares e representante da Susep para responder perguntas dos participantes do Sincor DIgital – Conectando o Mercado de Seguros, que acontece nesta sexta-feira (23/10), com a mediação do presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo.
Questionado sobre a importância da representação política para o desenvolvimento, o deputado federal Marco Bertaioli (PSD-SP) reforça que o Congresso é um espelho da sociedade brasileira. “A sociedade deve estar conversando com o governo o tempo todo e, se esse diálogo persiste, as divergências são pequenas e conseguem ser resolvidas mais facilmente”, explica. “A inclusão da categoria no Simples Nacional é um exemplo claro da importância da representação política da categoria, do quanto ela é necessária para o desenvolvimento dos corretores de seguros”, complementa Bertaioli.
Ao chefe de Assessoria de Estudos e Relações Institucionais da Susep, Paulo Miller, Camillo questionou a autarquia sobre a Medida Provisória 905, que pretendia desregulamentar a categoria. “Se tivesse sido consolidada, qual serviço a Susep estaria prestando nesse momento? Quem faria a oferta de proteção, segurança e tranquilidade?”, pergunta o presidente do Sincor-SP.
Em resposta, Miller aponta que a decisão da Susep foi no sentido de ter flexibilidade na distribuição e permitir uma autorregulação da categoria. “Nossa intenção não foi acabar com a profissão, já que os corretores de seguros são agentes de extrema importância para a transformação do mercado. Os movimentos da Susep estão sendo no sentido de liberdade, flexibilização e novos modelos de negócios para o mercado de seguros”, explica.
O deputado federal Lucas Vergílio (SD-GO) rebateu o representante da autarquia e afirmou que o órgão regulador é formado por pessoas que não entende do mercado de seguros. “A superintendente desconhece o setor completamente, vide a MP 905, que tinha o objetivo de revogar a nossa lei, nos retirando da edge da autarquia. E também, a Susep não inova ao falar sobre autorregulação, já que temos desde 2011 o IBRACOR”, comenta.
Já para o presidente do SindsegSP, Rivaldo Leite, Camillo perguntou sobre a importância do corretor de seguros para o desenvolvimento do setor. “O corretor de seguros deu um banho de tecnologia, se adaptando rapidamente, e perfeitamente, às ferramentas e ao atendimento à distância, comprovando que estão mais do que capacitados para seguir em frente”.
Sobre inovação, o presidente da CNseg, Márcio Coriolano, reforçou a resiliência do setor em se reinventar. “A inovação não é uma disrupção, mas sim uma evolução de criatividade, de modificação de rotinas, uma ideia. O mercado de seguros já estava apostando na inovação há bastante tempo. Temos capacidade para inovar, não somente na tecnologia, mas em processos, relacionamentos”, destaca.
Durante o painel, o presidente da Fenacor, Armando Vergílio, anunciou que o Congresso Brasileiro de 2021 será realizado em São Paulo, no mês de outubro. “A possibilidade de o Congresso ser em São Paulo virou uma realidade. Vamos estar presentes, juntamente com os nossos parceiros, como o Sincor-SP, para realizar um grande evento para os corretores de seguros do Brasil”.
Fonte: Sincor-SP, em 23.10.2020