“O Brasil terá uma retomada mais intensa do que outros países, graças aos estímulos colocados na economia”, aposta o economista-chefe e diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Banco Bradesco, Fernando Honorato. A fala foi feita durante o painel “Cenário econômico pós-pandemia – Perspectivas para o Brasil e o mercado de seguros”, apresentado no evento Sincor Digital – Conectando o Mercado de Seguros, nesta sexta-feira (23/10).
Segundo o economista, os estímulos na economia feitos pelo governo federal permitirão que o País saia fortalecido da crise sanitária e com oportunidades de crescimento em diversos setores. “O fim do auxílio emergencial vai ter menos impacto do que o esperado. Isso porque, grande parte das pessoas que pegaram o auxílio estavam empregadas; e porque estamos todos em casa, consumimos menos do que a renda”, aponta.
Para o mercado de seguros, Honorato acredita que haverá menores receitas financeiras, maior necessidade de geração de prêmios, crescimento na venda de casas, carros e caminhões, que geram impacto no setor, além do envelhecimento da população e a própria pandemia, bem como a baixa penetração de seguros no País.
O CEO da Zurich, Edson Franco, reforça o otimismo do economista e aponta que o setor de seguros é resiliente e soube se adaptar perfeitamente às mudanças impostas pela pandemia. “O mercado colocou todo mundo em casa numa velocidade surpreendente, o que foi uma grande surpresa para todos. Os corretores foram fundamentais na parceria para atender nossos clientes num momento tão difícil”.
Franco ainda comenta que as perspectivas do mercado de seguros para o futuro são otimistas.
“Acredito que teremos um crescimento de 2 dígitos no mercado de seguros para o ano que vem. As pessoas estão ainda mais conscientes sobre a importância da proteção que o seguro traz”, completa.
“Nós não esperamos uma previsão de PIB para aproveitar todo o potencial que tem o mercado de seguros brasileiro, com baixa penetração e falta de conhecimento por parte da população. Estamos num mercado que ainda tem muito para crescer e que depende mais de nós, do próprio mercado, do que das previsões econômicas”, acredita Gabriel Portella, presidente da SulAmérica.
O executivo ainda destacou o papel fundamental dos corretores de seguros diante das oportunidades de crescimento do setor. “Quando eu olho para os corretores de seguros, eu vejo a maior força de distribuição e a que move o mercado de seguros”. Portella ressalta que os corretores devem explorar o setor ao máximo, oferecendo os ramos de seguros aos clientes da carteira. “Nunca conheci um profissional que tenha explorado tudo que o mercado tem para oferecer, pois o setor está presente em todos os lugares, em todos os ramos”, completa.
Para o presidente da Bradesco Seguros, Vinicius Albernaz, o otimismo deve ser cauteloso, já que a pandemia ainda não acabou e o cenário econômico é incerto. “Vejo muitas oportunidades para o mercado. A pandemia trouxe a urgência de um olhar especial para o seguro de vida, de saúde e a previdência, por exemplo. Precisamos redirecionar o foco e a concepção de risco”, declara.
Fonte: Sincor-SP, em 23.10.2020