Por Camila Alcova

Especialistas frisam boas possibilidades de negócios para corretores

alaor silva

Conjuntura econômica, desafios para o mercado e tendências e oportunidades de negócios são algumas das questões atuais para o corretor de seguros.

Maria Filomena Branquinho, presidente do Sincor-MG, destaca que diante das adversidades da profissão, o corretor deve utilizar a internet a seu favor, buscar profissionalização e parcerias com outros corretores para troca de experiência nos ramos de seguros. "Não tem lugar para amadorismo. Temos que ser profissionais e corretores de seguros com toda responsabilidade que nos é imposta", conclamou durante o 9º Congresso Estadual dos Corretores de Seguros de Minas Gerais, realizado pelo sindicato em março, em Contagem.

O superintendente da Susep, Joaquim Mendanha, comenta sobre desafios para o mercado, como a autorregulação na corretagem. De acordo com ele, a partir de maio a Susep disponibilizará um recadastramento para os corretores para base da autarquia. "O Ibracor terá um papel fundamental para nos ajudar nesse trabalho", destacou ele sobre a atuação do Instituto.

Armando Vergílio, presidente da Fenacor, destaca que é necessário estar em constante processo de informação e qualificação, até mesmo pelo atual momento do país. "No momento atual essa é uma ferramenta de sobrevivência", alerta.

Ramos elementares

Nas negociações de ramos elementares, Mario Jorge Pereira, da Allianz Seguros, destaca que é importante que seguradoras mantenham proximidade com o corretor e este, com o segurado, o que gera maior conhecimento sobre as necessidades do cliente, mais negócios, e facilita a compreensão sobre o que é oferecido nos produtos de seguros, por exemplo.

Em auto, digitalização, com o desenvolvimento de apps, por exemplo, representa oportunidades, aponta Fabio Leme, da HDI Seguros. "Precisamos ter alternativas de tecnologia que reduzam custos para nós, seguradores, e para vocês, corretores, para que tenham mais tempo de vender e atender o consumidor".

Sobre seguro residencial, Jarbas de Medeiros Baciano, da Porto Seguro, comenta que a percepção de riscos ainda é baixa entre os consumidores, por acreditarem que o custo é alto, falta de conhecimento sobre as coberturas do seguro ou por acreditarem que um seguro de condomínio, por exemplo, é igual a um seguro de residência. Outro problema é a falta de abordagem pelos corretores, como revelou uma pesquisa realizada pela Porto Seguro.

João Carlos França de Mendonça, da Sompo Seguros, lembra das oportunidades no seguro empresarial em Minas Gerais. E Edson Toguchi, da Tokio Marine, destaca o papel social do seguro e as oportunidades de negócios em riscos cibernéticos, por exemplo.

Benefícios

No ramo de benefícios, importantes oportunidades estão no fator longevidade, destaca Leonardo Freitas, da Bradesco Seguros, para quem é necessário que o corretor atue cada vez mais como consultor.

Carlos Eduardo, da Centauro-ON, frisa que Minas Gerais apresenta a maior lacuna de oportunidades para seguro de vida no Brasil, em termos de volume. "Vocês têm a maior oportunidade de vendas de todo o país", alerta aos corretores mineiros.

Alaor Silva Junior, do PASI, destaca o papel social do seguro, a partir da experiência do PASI. "A responsabilidade de construir uma carteira está vinculada diretamente à responsabilidade das escolhas dos produtos e de suas formas de apresentação e precificação", compartilha.

Fonte: Revista Cobertura - edição 185 - Abril/2017, em 28.04.2017.