Em meados de março, a maioria das empresas no Brasil se viram obrigadas a colocar seus colaboradores em home office, praticando o distanciamento social com o objetivo de tentar conter a disseminação do novo coronavírus. E, desde então, os ataques cibernéticos não param de crescer.
No primeiro trimestre de 2020, por exemplo, foram registrados mais de 1,6 bilhão de ataques no Brasil, segundo levantamento da empresa de segurança na rede Fortinet. Somente no mês de março, houve aumento de 131% no número de malwares (programas ou softwares maliciosos), na comparação com o mesmo período do ano passado. Em janeiro o aumento foi de 17% e, em fevereiro, de 52%.
Ainda segundo o estudo, em março, houve uma média de 600 novas campanhas de phishing por dia, que é a tentativa fraudulenta de obter informações confidenciais dos usuários por meio de comunicação eletrônica, como sites e e-mails. Os números coincidem com o início da quarentena em diversos países.
De acordo com o head de Financial Lines da South America da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), Gustavo Galrão, os ataques cibernéticos já eram uma grande preocupação das empresas antes mesmo da adoção do home office. No estudo Allianz Risk Barometer 2020, especialistas mundiais em gestão de riscos colocaram incidentes cibernéticos como a principal ameaça às companhias para este ano. “Com a pandemia, a modalidade de trabalho remoto tornou-se uma necessidade e até mesmo uma tendência para muitas empresas, oferecendo também uma oportunidade perfeita para os criminosos cibernéticos, como eventos recentes demonstram bem”, explica.
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Fonte: JCS – Edição 460 – Julho 2020