Convidado especial do CCS-SP no almoço exclusivo para associados, Boris Ber elencou pontos que merecem a atenção dos profissionais e propôs algumas medidas
Álvaro Fonseca (secretário do CCS-SP), Adevaldo Calegari (presidente da CamaraSin), Braz Romildo Fernandes (2º vice-presidente do Sincor-SP), Boris Ber (presidente do Sincor-SP), Evaldir Barboza de Paula (mentor do CCS-SP), Henrique Elias (ex-mentor do CCS-SP) e Edson Fecher
A corretagem de seguros também está enfrentando os impactos da crise econômica. Os desafios vão desde a alta sinistralidade e o aumento de preços dos seguros até a dificuldade em encontrar mão de obra. Estas e outras questões foram analisadas pelo presidente do Sincor-SP, Boris Ber, durante almoço do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), exclusivo para associados, realizado no dia 12 de julho, no Terraço Itália. No evento, ele também propôs algumas ações para superar os desafios atuais.
A palestra de Boris Ber foi precedida pela apresentação de dois novos associados. Evaristo José Almeida de Moura foi apresentado pelo secretário do CCS-SP Álvaro Fonseca e pelo associado Eduardo Minc. Ivone Arello Barbosa, viúva do saudoso ex-mentor Nilson Arello Barbosa, foi apresentada por Braz Romildo e pelo mentor Evaldir Barboza de Paula. Em seguida, o ex-mentor e fundador do CCS-SP, Henrique Elias, compartilhou com os demais associados sua experiência na conquista de novos clientes durante a pandemia.
Pontos de atenção
Boris Ber apresentou situações que estão afetando o bom desempenho dos corretores de seguros no dia a dia, como a dificuldade com mão de obra qualificada no setor, a alta sinistralidade, o aumento do preço do seguro, o retorno das empresas no pós-pandemia, os obstáculos na aceitação de riscos, os serviços de assistência 24 horas, entre outros.
Em relação à volta das visitas presenciais, a avaliação do presidente do Sincor-SP é que o cliente deseja o reencontro. Também preocupa, segundo ele, o aumento de preços dos seguros e a alta sinistralidade. “Entendo que muitas seguradoras tiveram prejuízo, mas como explicar para o cliente o seguro, às vezes, pelo dobro do preço na renovação? Precisamos estar preparados”, disse.
A dificuldade atual de colocação de resseguros e a falta de aceitação de riscos por resseguradoras também está impactando a corretagem de seguros. De acordo com Boris Ber, de um ano para o outro muitas resseguradora deixaram de aceitar alguns riscos, tanto grandes como pequenos. “No sindicato, recebemos diariamente pedidos de ajuda dos corretores. Fizemos reuniões com o setor, mas, como estão enfrentando alta sinistralidade, não há solução no curto prazo”, afirmou.
O problema recorrente no pós-pandemia das falhas na prestação de serviços das assistências 24 horas também entrou para lista de Boris Ber. As razões para a crise no segmento, segundo ele, vão desde a falência de prestadores de serviços no período da pandemia até a alta do diesel. “Creio que em um ano a situação volte ao normal. É uma crise, vai passar”, disse.
As fusões, aquisições e a venda de carteiras inteiras no segmento das seguradoras estão afetando os negócios dos corretores. Boris Ber observou que a concentração de mercado está exaurindo as opções de seguradoras por segmento. “Afunilou. Hoje, o corretor não consegue mais fazer aqueles acordos por resultado de produção e isso preocupa”, disse.
Caminhos para o corretor
Boris Ber garantiu que todos os desafios atuais são tratados como prioridades pelo Sincor-SP, que dispõe, inclusive, de um canal para atendimento, o Disque Sincor, cujo resultado atingiu mais de 70% de resolução. Mas, o corretor, individualmente, pode adotar algumas ações. Uma delas, segundo o dirigente, é escolher melhor os parceiros e trabalhar com menos seguradoras, dada a dificuldade para acompanhar as condições de cada uma.
Outra medida indicada por Boris Ber é a modernização da corretora. “Quem não tiver um cálculo, um modelo de gestão e o controle de sua corretora está com a morte anunciada. Não existe mais espaço para quem não se modernizar”, disse. Também é importante, segundo ele, manter o foco no resultado da corretora. Vale, ainda, prestar atenção nos novos produtos. “Não faltam informações nos eventos, jornais e outras mídias”, disse.
Próximo encontro
O mentor Evaldir Barboza de Paula elogiou o conteúdo apresentado por Boris Ber e por Henrique Elias, destacando que ambos os ex-mentores são Prata da Casa, referindo-se ao projeto de sua gestão que valoriza os talentos do Clube. “Estamos aqui para debater e buscar soluções, com competência”, disse. Ele aproveitou a oportunidade para divulgar o próximo almoço, que será no dia 2 de agosto, com a participação da Allianz Seguros, ocasião em que haverá, também, a apresentação das chapas concorrentes à eleição de nova diretoria no CCS-SP para a gestão 2022/2024.
Fonte: Márcia Alves, em 15.07.2022