O presidente do Sincor-SP, Boris Ber, foi entrevistado pelo Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, no dia 23 de fevereiro, a fim de elucidar o funcionamento dos serviços de seguros durante desastres naturais como os alagamento e deslizamentos de terra ocorridos no litoral norte de São Paulo.
Quando questionado sobre as possibilidades de ressarcimento na contratação de um seguro residencial e automóvel, Boris admitiu a necessidade de uma separação dos conceitos. “No caso do seguro automóvel, em casos de chuvas e alagamentos, os danos parciais ou totais estão cobertos pelas condições gerais da apólice. Entretanto, não haverá cobertura se o segurado “desafiou” a chuva, ou seja, tentou atravessar os alagamentos com o veículo”, apontou.
Já para os moradores que dispõem de um seguro residencial e contrataram coberturas para inundações e alagamentos, o profissional recomenda como primeiro passo entrar em contato com o corretor de seguros: “O seu corretor vai solicitar uma vistoria para a companhia contratada. Um perito vai até o local documentar o sinistro e vai entregar uma relação dos documentos que forem necessários, como orçamento de reparo e orçamento de reposição de um bem. É um processo muito fácil”, garantiu. “O problema é que a maioria das residências afetadas pelas chuvas são moradias irregulares, portanto, não conseguem contratar um seguro residencial. Além disso, este é um seguro ainda pouco requisitado pelo brasileiro”.
Boris ainda parabenizou a efetividade das seguradoras no momento de crise. “As companhias deslocaram guinchos para os pontos afetados, movendo carros para o melhor acesso. Nessas horas o bom senso prevalece e o seguro tem usado sempre o bom senso. Para eu provar a existência de uma geladeira eu não tenho que pedir uma nota fiscal, porque eu estou vendo a geladeira destruída ali. Tanto as seguradoras quanto os corretores estão imbuídos de achar soluções rápidas porque a gente entende o trauma que as pessoas estão passando”, informou.
Por fim, o especialista alertou os ouvintes de que muitas vezes ele nem sabe que conta com um seguro residencial. “Se você tem uma casa financiada, provavelmente o agente financeiro deve ter colado um seguro no meio desse financiamento”, concluiu.
Fonte: Sincor-SP, em 03.03.2023