O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, participou ontem (02/09) do CCS-RJ Connection 2020, evento online promovido pelo Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ) e pela Educa Seguros, que reuniu nos dias 1 e 2 de setembro, nomes consagrados do seguro, de corretores a executivos de seguradoras e entidades, registrando mais de 3.500 participantes.
Comandado pelo presidente do CCS-RJ, Fabio Izoton, o painel “A nova realidade do mercado de seguros na visão dos corretores de seguros”, teve como participantes, além de Camillo, o presidente da Fenacor, Armando Vergílio, o presidente do IBRACOR, Joaquim Mendanha, e o fundador do portal CQCS, Gustavo Dória Filho.
Camillo disse que o grande papel das lideranças é buscar conduzir aqueles que são seus representados aos caminhos menos tortuosos, que permitam enfrentamento aos desafios, e procurar levar a maior quantidade desses representados para um ambiente seguro onde podem se desenvolver e consolidar. “No Sincor-SP estamos fazendo um trabalho que surgiu muito antes da pandemia e foi o que possibilitou termos nos adaptado tão bem a esse cenário, que é empunharmos a bandeira do empreendedorismo”.
“A pandemia colocou todos no mesmo nível de desconhecimento e medo com a situação, o que pôde diferenciar e promover processos mais assertivos neste momento foi como você se preparou antes, mesmo não antevendo isso”, declarou, enfatizando que o Sincor-SP realmente vinha se preparando. “O corretor de seguros, seja pessoa física ou jurídica, é de fato um empreendedor, profissional de visão, criativo e muito dinâmico, características próprias do nosso setor e necessárias para a atividade. Enquanto entidade representativa eu sempre acreditei que tínhamos que estar à frente disso e levando o exemplo, pois não há melhor ensinamento”.
Camillo pontuou ações de sua gestão sob o mantra do empreendedorismo. “Há alguns anos entendemos que o Sincor-SP tinha que ser o provedor de soluções para o corretor de seguros, que estivesse ali para ajudar em desafios e oportunidades. Transformamos departamentos em Unidades de Negócios, como a nossa universidade corporativa (Unisincor), como a certificação digital (ID Seguro), e criamos a nossa câmara de mediação (CâmaraSIN) – são todas áreas em que o corretor pode utilizar para si e seus colaboradores e também pode ofertar para seus clientes. Há mais de um ano, antes de imaginar a pandemia, criamos o Sincor Digital, que é a nossa plataforma digital para o corretor ter acesso a tudo o que o Sincor-SP está oferecendo a ele”.
Outra ação de vanguarda apontada por Camillo foi a transformação das regionais. “Começamos no ano passado a transformar nossas diretorias regionais em regionais online, preservando o status do nosso diretor local, a atuação da colaboradora, que passou para o regime de home office já no ano passado, e preservando todo o atendimento, proximidade e ações para o corretor. Neste momento as 30 diretorias regionais do Sincor-SP atuam exclusivamente em regime online. Passamos a fazer as reuniões de diretoria já no âmbito online, quando jamais poderíamos imaginar que esta situação seria tão recorrente. Assim, quando tudo isso se fez presente, o Sincor-SP já estava na vanguarda e dando o exemplo ao corretor de inovação e de superação”.
O presidente do Sincor-SP também falou da importância de os corretores se associarem e participarem de suas entidades representativas. “Os corretores nunca precisaram tanto da atuação de suas entidades representativas, elas nunca foram tão exigidas frente a tantos desafios da profissão, e num momento em que as entidades perderam mais de 50% da sua receita, mas seguem se reinventando e se fazendo presentes para os profissionais”.
Em sua apresentação, o presidente da Fenacor, Armando Vergílio, também destacou a adaptação dos corretores de seguros neste período. “No meio da pandemia, com pessoas com problemas de saúde, desemprego, isso tudo veio para que o corretor pudesse fazer mais uma vez a diferença, restou provada ainda mais a importância estratégica do corretor, que não deixou a bola cair, que rapidamente se adaptou, foi para home office, se digitalizou e continuou prestando amplo e completo apoio ao segurado”.
Ele enfatizou que profissionais, empresas e entidades tiveram que repensar seus processos, se restabelecer e adaptar rapidamente. “A Fenacor e os Sincor também resolveram estabelecer uma nova política de atuação e de representação, em função disso tudo, analisamos um mercado que se coloca diferente e no qual o corretor vai continuar sendo bastante relevante. Criamos então a CGS – Central de Gestão de Serviço e Produtos, que é uma ideia de desenvolver produtos e serviços personalizados para o corretor de seguros, observando sua real necessidade, a solução que precisa, e aí, além da atuação tradicional da Fenacor e dos sindicatos na defesa dos interesses econômicos, na representação legal e política, terão também esta nova ação, para tentar fazer com que o corretor possa executar sua função muito melhor”.
Joaquim Mendanha, presidente do IBRACOR (Instituto Brasileiro de Autorregulação da Corretagem de Seguros), lembrou que há muito tempo o corretor de seguros vem sendo testado, com a importância de sua atividade sendo colocada à prova. “Poderia dizer sobre várias atuações que foram feitas para tentar acabar com o corretor, mas cito algumas vitórias que tivemos, como a do Simples, a qual depois de três derrotas de não sanção presidencial conseguimos ser inseridos no Super Simples num trabalho que o então deputado federal Armando Vergílio comandou na Câmara. Ouvi de alguns que a nossa categoria não seria incluída por não ser relevante, e pelo trabalho feito tivemos o resultado melhor que outras categorias, como a dos advogados. Agora a Medida Provisória 905 que veio com uma força do governo para tirar a atuação do corretor. E todas essas situações têm algo em comum que foi a união dos corretores de todo o Brasil em busca de um ideal, entidades diversas representativas da categoria para alcançarmos a vitória. Cada vez que entramos nessas discussões saímos fortalecidos”, ponderou.
Fazendo uma reflexão para o futuro, Mendanha disse que o corretor hoje atingiu sua maturidade profissional, sabe como deve atender o seu consumidor que é a razão do mercado existir. “Temos que continuar trabalhando unidos para que possamos nos fortalecer, e sou muito otimista com futuro, vejo que com essa maturidade profissional o corretor tem um caminho enorme para seguir. É lógico que toda maturidade nos traz responsabilidades, então o corretor vai ter que trabalhar com essas novas tecnologias, esses novos formatos de relacionamento, seja com a seguradora ou o cliente. No entanto, o corretor tem que ser tecnológico, estar atualizado, mas não pode ser um corretor virtual, tem que estar presente e fazer a diferença”.
Gustavo Dória, do CQCS, defendeu a importância da união dos corretores em torno de suas entidades representativas “Se todos os corretores fossem associados, os sindicatos não dependeriam de contribuição sindical. Se você é corretor e não concorda com o que o seu sindicato está fazendo, o associativismo diz: vá, se filie, faça sua chapa e veja se a maioria pensa como você, porque se associar é fazer juntos. Nestas lutas que foram citadas, como o Simples, eu estive lá engrossando fileiras, mas muitos corretores não se empenharam e depois recebem os benefícios pelos quais alguns lutaram. Se você quer um fazer um mundo novo, se associe, faça valer sua vontade”.
Fonte: Sincor-SP, em 03.09.2020