Em entrevista ao blog Sonho Seguro, o coordenador da Comissão de Riscos de Engenharia e Resseguros do Sincor-SP, Renato da Cunha Bueno Marques, falou sobre a oferta do seguro paramétrico, lançado há cinco anos no Brasil, cujo modelo pode ser feito sob medida para o produtor e se baseia na definição de parâmetros para ocorrência de eventos naturais. A matéria completa pode ser lida aqui.
Cunha Bueno alerta na matéria sobre a dificuldade dos produtores de soja em contratar seguros. “O seguro paramétrico aceita situações que as empresas tradicionais já não admitem, que dizem respeito ao tipo de solo, áreas pós-pastagem, pós-cana-de-açúcar e plantio fora do Zarc”, disse se referindo ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático, um estudo que identifica regiões e épocas de menor risco climático para o plantio e semeadura das culturas.
De acordo com o especialista, o setor vive uma época de fragilidade. Até agosto do ano passado, as indenizações já somavam R$ 9,5 bilhões, com alta de 131,6% sobre 2021. “A crise do segmento, a maior da história, fez com que muitos produtores do País tivessem negada a contratação de um novo seguro para sua cultura. O seguro paramétrico tem sido uma solução, pois sua contratação pode ser feita sob medida, de acordo com as informações recebidas do produtor e suas regiões”, disse ao blog.
Em sua manifestação, Cunha Renato destacou ainda vantagens na contratação do seguro. “No caso de muita chuva, um dos indicadores levados em conta é justamente a precipitação pluviométrica superior a um índice acordado entre o produtor e a seguradora. Por isso, o modelo é 100% customizado”, finalizou.
Fonte: SINCOR-SP, com informações do blog Sonho Seguro, em 10.01.2023