A Fenacor promoveu, nesta quinta-feira (01), a etapa de encerramento do “Conexão Futuro Seguro 2022”. Esta edição superou as expectativas dos organizadores. “No total mais de oito mil pessoas, a maioria Corretores de Seguros, participaram das quatro etapas virtuais e deste evento de encerramento” comemorou o presidente da Federação, Armando Vergilio.
Nesta etapa final, realizada no Rio de Janeiro e com transmissão on-line ao vivo, foram discutidos dois temas de grande importância para os Corretores e o mercado, como um todo: “Perspectivas com o Novo Governo e IMS – Iniciativa do Mercado de Seguros” e “Perspectivas do Setor para 2023 e Fórum Mário Petrelli”.
O primeiro tema foi abordado pelo palestrante Gerson Camarotti, comentarista político da GloboNews e do “Bom Dia, Brasil!”, da TV Globo, que destacou a importância de o novo Governo, eleito nas eleições de outubro, buscar a pacificação do País.
Em seguida, a questão foi alvo de debate entre o presidente da ENS – Escola De Negócios e Seguros, deputado Federal Lucas Vergilio, o superintendente da Susep, Alexandre Camillo; e o diretor Técnico da CNseg, Alexandre Leal. O debate teve como mediador Armando Vergilio.
O presidente da ENS enfatizou a importância de o órgão regulador ser comandado por quem conhece o mercado de seguro para que se evite os problemas como aqueles enfrentados durante a gestão da ex-superintendente da Susep (Solange Vieira).
Lucas Vergilio lembrou que o setor teve avanços importantes quando a autarquia teve, pela primeira vez na história, um Corretor de Seguros como superintendente, em 2007. “Na gestão de Armando Vergilio, houve a abertura no resseguro e o mercado passou a ter acesso ao microsseguro. Várias outras normas de extrema relevância foram aprovadas naquela gestão”, pontuou.
Opinião semelhante foi manifestada por Alexandre Camillo, que citou o próprio exemplo para defender a presença de representantes do mercado no comando da Susep. “Sou da iniciativa privada e encontrei um corpo técnico de excepcional qualidade na autarquia. Entendo que essa seja a mistura ideal”, pontuou Camillo, que vê boas razões para se apostar em um desempenho positivo do setor em 2023. “Tenho confiança que o setor vai continuar crescendo”, afirmou.
Por sua vez, Alexandre Leal listou dados que mostram a importância cada vez maior do mercado de seguros para a sociedade. “No ano passado, apenas no ramo saúde, o setor devolveu para a sociedade, na forma de indenizações, mais de R$ 200 bilhões. Esse valor supera até mesmo o orçamento do Ministério da Saúde. Mas, precisamos mostrar isso para a sociedade, aparecer para o governo, mostrar que o seguro oferece proteção para tudo e para todos”, enfatizou o diretor da CNseg.
O segundo painel, mediado pelo vice-presidente da Fenacor na Região Sudeste e presidente do Sincor-SP, Boris Ber, contou com quatro executivos de grandes empresas do mercado: Jorge Andrade - presidente da Capemisa Seguradora; Nilton Molina - presidente do Conselho de Administração da MAG seguros; Raphael Bauer - diretor Comercial Mapfre; Adalberto Ferrara - presidente da Tokio Marine; e Ariel Couto - CEO da MDS Brasil.
Ferrara ressaltou o crescimento do mercado nos últimos anos, lembrando que o setor de seguros vem crescendo sempre acima do PIB brasileiro há mais de 10 anos, com exceção de 2014 e 2015. “O nosso mercado triplicou de tamanho nos últimos 11 anos”, disse o executivo da Tokio Marine.
Já Ariel Couto falou das preocupações com o “endurecimento” do mercado internacional de resseguro, que pode se refletir no Brasil, em 2023. “As renovações serão mais duras, embora o efeito seja menor aqui, pelo fato de termos menos riscos catastróficos”, comentou.
Por sua vez, Bauer incentivou o Corretor de Seguros a atuar no ramo agrícola. “Esse segmento representa 30% do PIB brasileiro. O seguro agrícola vem crescendo ano a ano e há várias modalidades de coberturas no campo: seguro de vida rural, auto, aeronaves, animais. O Corretor de Seguros não pode deixar de lado o potencial desse segmento”, alertou.
Por fim, Molina observou que é preciso observar com mais atenção a questão da longevidade e no potencial do seguro de vida. “Os seguros individuais não alcançam sequer 5% da população brasileira”, exemplificou.
Fonte: Fenacor, em 02.12.2022