Com diversas lideranças dos corretores de seguros em seu quadro associativo, entidade debateu no seu almoço extensa pauta, desde fusões até riscos declináveis
Marco Cabral, Claudia Camargo, Gilberto Januário, Álvaro Fonseca, Boris Ber, Edmar Fornazzari e Jorge Teixeira Barbosa
As recentes mudanças no mercado de seguros foram um dos assuntos em pauta no tradicional almoço mensal do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), realizado no dia 6 de junho, no Terraço Itália, com a participação exclusiva de associados. O mentor do CCS-SP, Álvaro Fonseca, explicou a importância do encontro. “Esta é a essência do Clube, analisar e debater as questões que impactam a categoria e que definem os rumos do desenvolvimento do setor”, disse.
Presente no encontro, o presidente do Sincor-SP, Boris Ber, participou do bate-papo, abordando, dentre outros temas, a aquisição da Liberty pela HDI, o desarquivamento pelo Senado do PLC 29, que cria uma nova lei de seguro, o aumento de fraudes nos seguros, especialmente no saúde, riscos declináveis, seguro automóvel etc. “O momento atual é de muitas expectativas. Estão ocorrendo transformações estruturais que nos preocupam. Mas, já passamos por situações parecidas”, disse.
Boris Ber ponderou que as mudanças atuais no setor podem ser uma das consequências da pandemia, que intensificou o digital e modificou o comportamento do consumidor. “Hoje, existem clientes que renovam seguro empresarial por WhatsApp, algo que jamais poderíamos imaginar”, disse. Das mudanças que estão em curso no mercado segurador, como fusões, aquisições, fechamento de filiais etc., ele considera que um dos efeitos é a dificuldade dos corretores no acesso às seguradoras para a resolução de problemas.
Nesse aspecto, o presidente do Sincor-SP enalteceu o papel de assessorias, que surgiram para dar suporte aos corretores. “As boas assessorias já estão na era digital e podem oferecer instrumentos aos corretores”, disse. O presidente da Aconseg-SP, Hélio Opipari Junior, concordou e afirmou que o momento é bom para o segmento. “As assessorias se especializaram e se estruturaram para atender aos corretores não apenas no seguro automóvel, que era o seu core, mas também em outros ramos, como o saúde”, disse.
O ex-presidente e um dos fundadores do CCS-SP, Henrique Elias, trouxe ao debate a questão dos riscos declináveis. Boris Ber respondeu que o tema nunca saiu de sua agenda, tanto que, recentemente, se reuniu com a associação das resseguradoras. Ele reconheceu que a solução é difícil e que, no momento, está havendo redução de opções para a colocação de riscos. Sobre as fraudes no seguro saúde, principalmente, nos reembolsos, o presidente do Sincor-SP manifestou preocupação. “Temos reforçado o papel do corretor junto às companhias”, disse.
No encerramento, o mentor Álvaro Fonseca destacou a importância de os corretores discutirem questões que fazem parte do futuro da categoria, mas solicitou aos associados que atuassem como multiplicadores do conteúdo apresentado. Em uma conta rápida, ele calculou que 30% dos associados são lideranças da categoria e outros 30% já ocuparam essas posições. “Somos um grupo seleto e temos a responsabilidade de multiplicar as informações para outros corretores de seguros”, disse.
Fonte: FGV, em 13.06.2023