Por José Vicente Bernardo
Retomar a vida normal tornou-se o maior desejo da humanidade desde que o coronavírus nos jogou na cara a dimensão de nossa fragilidade. A ilusão de segurança que nos confortava e nos animava a seguir adiante de peito estufado e queixo erguido foi abalada em múltiplos aspectos: físico, mental, profissional, financeiro, conjugal, familiar, social… O foco agora é a busca por formas mais seguras, mais protegidas de voltar ao que éramos tão pouco tempo atrás.
Sintomaticamente, um dos setores que sofreram um impacto relativamente pequeno na crise foi o de seguros: 3,5% de queda no acumulado do primeiro semestre, sendo o mês de junho um significativo ponto de inflexão ao registrar crescimento de 33%, segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras. Também diz muito sobre as lições da pandemia o fato de duas das modalidades mais procuradas nestes tempos serem o seguro de vida e os planos de previdência privada. A expectativa é que, quando essa nova consciência se encontrar com a retomada econômica pós-Covid, o brasileiro finalmente passe a ser um grande consumidor de seguros.
Fonte: Forbes, em 10.01.2021