De acordo com estudo da empresa de cibersegurança Kaspersky, o Brasil é o país da América Latina com maior porcentagem de ataques de ransomwares, em que softwares maliciosos atuam como sequestradores de dados. O País registrou 46,69% dos ataques na América Latina, seguido por México, com 22,57%, e Colômbia, com 8.07%.
Com a maioria dos ataques direcionados a empresas, o estudo aponta que são identificados mais de 1,3 milhão de ataques de ransomware anualmente na região, causando danos de cerca de US$ 700 mil por ataque.
Para o analista de segurança da Kaspersky na América Latina, Santiago Pontiroli, os segmentos de saúde e órgãos públicos estão entrando no foco desses criminosos. “Os cibercriminosos estão mudando seu foco para hospitais e governos. Pela pandemia, o setor de saúde tem sido muito golpeado, há um comércio de ransomware que permite que esses ataques possam ser ainda mais difundidos”, completa.
Segundo o executivo, um dos problemas que favorecem os ataques é o grande uso de sistemas operacionais mais antigos, como Windows 7. Com a vulnerabilidade desses sistemas, os dados ficam ainda mais expostos para ataques criminosos que estão ocorrendo principalmente via acesso remoto, que já representa 59% dos crimes na região. Os ataques por e-mail, por exemplo, difundidos em grande quantidade com o phishing, crimes que roubam dados a partir de links falsos, são apenas 15% do total.
Pontiroli acredita que os ataques de ransomware em e-mails diminuíram por ser uma infecção manual, ou seja, que dependem do acesso ativo à mensagem, enquanto o ransomware pode permitir um acesso maior e mais independente dos dados da vítima.
Fonte: Comunicação Sincor-SP, com informações do Estado de São Paulo, em 16.10.2020