No dia 28 de novembro, a CâmaraSIN promoveu live pela TV Sincor-SP, contando com a participação do superintendente da Susep, Alexandre Camillo, e do presidente do Sincor-SP, Boris Ber. A transmissão foi mediada pelo presidente da Câmara, Adevaldo Calegari. Os especialistas debateram o tema “Mediação e Contratos”.
Calegari destacou as principais funções da mediação. Para o profissional, além de aliviar a carga dos tribunais, as negociações tendem a adiantar os processos, mediando situações que podem ser resolvidas sem desaguar no judiciário. “Em conversas com órgãos como o Procon, Senacon, entre outros, é possível perceber como o judiciário é sobrecarregado com demandas passíveis de mediação. Vale destacar que as câmaras estão abertas para qualquer tipo de conflito. A nossa linha de atuação é muito abrangente”, apontou.
O superintendente da Susep falou das Iniciativas de Mercado de Seguros (IMS), grupo composto por representantes de órgãos governamentais e do setor de seguros. Segundo Camillo, a mediação ficou entre os principais temas estudados pelo IMS. “Ficou definido que a mediação, no âmbito infralegal, não necessita do encaminhamento legislativo. Teremos, até o fim do ano, um relatório analisando todos os benefícios desta medida”, disse.
Camillo ainda evidenciou a importância do corretor de seguros como um agente indutor dos instrumentos de mediação, já acostumado com a função. “O corretor sempre atuou como mediador entre o segurado e as seguradoras. A mediação é a evolução deste trâmite. Nós pretendemos incluir o tema na formação profissional dos futuros corretores”, indicou.
Boris Ber aproveitou para contar como a resolução de conflitos fora do judiciário passa credibilidade para o segurado, usando como exemplo o próprio Sincor-SP. “O Disque Sincor se mostrou um serviço essencial durante a pandemia, prestando mediação e assistência com urgência para os associados. A mediação gerou um sentimento de resposta imediata para o cliente. A simples indicação de uma câmara pode garantir a fidelização do segurado devido a solução rápida de um conflito”, observou.
Por fim, Camillo fez um pedido para todos os corretores de seguros. “O número de judicialização do setor está aquém dos demais em função, principalmente, do trabalho do corretor. Se olharmos mais para a mediação, conseguiremos consolidar essa cultura no mercado. Entretanto, peço extrema atenção às novas circulares que estão sendo concebidas pelo IMS. Uma nova circular pode revogar outra mais antiga. Para cumprir o papel de mediador é preciso estar atento a todas as atualizações do mercado”, concluiu.
Fonte: Sincor-SP, em 02.12.2022