Os avanços tecnológicos que viabilizaram a captação e transmissão, em tempo real e continuamente, de dados, aliados à capacidade de armazenar esses dados em larga escala propiciaram que a internet das coisas (IOT) e o big data já sejam hoje fatores reais de influência no meio empresarial.
Os sensores e dispositivos, acoplados aos mais diversos objetos, pessoas ou até mesmo a animais, permitem às empresas o efetivo acesso à realidade do meio em que estão inseridos, e, com isso, às suas reais necessidades, com o que desenvolvem, e desenvolverão cada vez mais, produtos que atendam precisamente as expectativas dos consumidores.
No mercado de seguros não será diferente. A internet das coisas possibilita que as seguradoras conheçam de perto o perfil de seus segurados, não mais apenas através de um simples formulário, preenchido de forma fria e distante, mas via interações rotineiras, como uso de aplicativos, rastreadores, etc.
Com isso, as seguradoras podem oferecer aos seus consumidores produtos mais personalizados, com preços mais justos e coerentes com o perfil daquele segurado, afinal, com a tecnologia à disposição, os segurados não aceitarão o antigo modelo de classificação de risco por faixa etária no seguro de automóvel, por exemplo, já que é evidente que pessoas da mesma idade podem ter rotinas complementa diferentes, e, com isso, estarem expostas a riscos substancialmente maiores ou menores.
Assim como em outros serviços, o consumidor do mercado de seguros quer pagar pelo serviço que ele precisa, que funciona para o que ele realmente almeja.
Internamente, nas seguradoras, a internet das coisas certamente impactará não somente nos cálculos autuarias, mas também na criação de novos produtos, desenvolvidos a partir do know how que a proximidade com os consumidores propiciará.
E mais! A IOT será utilizada pelas seguradoras para prevenção de sinistros. Veja-se que, simples sensores conectados em residências, atrelados ao seguro residencial e monitorados pelas seguradoras podem detectar incêndios, vazamentos de água, rompimento de fechaduras, etc, com o que o sinistro será minimizado ou até mesmo evitado. E essa não é a casa do futuro, essa já uma realidade em funcionamento no Brasil.
Por fim, não é demais destacar que toda e qualquer captação e utilização de dados vai prescindir de autorização expressa dos consumidores. No mais, a tecnologia aliada à utilização ética sempre será uma grande aliada do mercado empresarial e dos consumidores.
Em janeiro de 2019